Jacinto apostou na Androginia, um tema que particularmente eu adoro! Paletós com modelagem base masculina, mas com detales femininos e desconstruídos, muito bem feitos. Isso fez toda a diferença na construção de suas peças. Mas a idéia não era deixar sua mulher masculina, e sim muito sexy, pois tinha muita tranparência nas costas e em outras partes do corpo também. A marca contrastou a cara masculina das chamises com vestidos tipo “trapézio” bem levinhos e femininos! Cartela sóbria, porém, muito elegante!
Jacinto
foto divulgação
A Juss veio com um homem moderno, cores marcantes, tudo muito bem feito. A inspiração vem do Moebius, quadrinhista francês, e daí que vem toda essa padronagem indígena e essas cores fortes, como o roxo, vermelho, verde e até os xadrezes.
Ela usou muita sobreposição do “largo” com o “sequinho”, muita bermuda com paletó, casacos de mangas curtas com camisas de mangas longas. Juss trouxe dolphin shorts em lã, clássico do streetwear dos 1970. Polainas para os homens, e por que não? Desfile excelente!
Juss
Gabriela Sakate foi muito básica nas suas escolhas. Modelagens para uma mulher que não gosta de ousar nem nas cores, nem na maneira de se vestir. Casaquinhos com basques, vestidos retos com amarrações de cordões, uma leve transparência, cores neutras, e nada além disso.
Gabriela Sakate
Luiz Leite inspirou-se no lavrador e no plantio do algodão. Mostrou na passarela uma moda sustentável e muito elegante. Por escolher tecidos orgânicos, ele teve poucas opções de cores no tingimento ecológico. Suas padronagens foram os xadrezes que puxaram para os tons esverdeados e amarronzados, combinações perfeitas. Os paletós foram construídos à mão por alfaiates de Conchas, cidade natal do estilista. A colação vêm também com muita bermuda, camisaria e camisetas de mangas compridas. Mas o que deu destaque foram as ceroulas! Ah! Lembrei do meu falecido pai que as usava! (risos)
Luiz Leite
Cynthia Hayashi fez uma moda “mulher urbana”. Usou uma padronagem bem trabalhada com detalhes em dourado dando vida ao resto da cartela que era em tons de cinza, roxo, vermelho e azul. A coleção era composta de vestidos com cinturas marcadas, mangas princesas, casacos, malharia e um pouco de jeans.
Cynthia Hayashi
foto divulgação
Estreante na Casa de Criadores, Ale Brito levou o punk rock para suas roupas. Uma moda pesada e sombria! Disse que o punk rock será sempre seu DNA!
Vestidos curtíssimos e justos, cheios de recortes, zíperes, jaquetões e calças coladas. Cartela preto, branco,azul e vermelho.
Infelizmente a modelagem estava mal feita, atrás dos vestidos sobrava “tecido”, no caso couro, esse é o grande problema em trabalhar couro. Achei a coleção muito fetichista, fora do foco “roqueiro”.
Ale Brito
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Arnaldo Ventura fez o desfile mais longo da noite, inspirando-se em guerreiros gregos e troianos (amo!). Ele usou estruturas que pareciam armaduras, couro, muito veludo, plissados, cetim e muito brilho para esses guerreiros luxuosos. Bolsas sacos na mão das mulheres e muito vestido e saia longa! Detalhes em algumas peças, em matelassê com tachas douradas, contrastavam com peças em malharia em padronagem camuflada tipo tié dye. O luxo do desfile foram saias e vestidos longos com a saia toda plissada...
A-RRA-SOU !!!
Arnaldo Ventura
foto divulgação
Jadson Ranieri também levou a batalha para a passarela e escolheu como tema os “guerreiros gladiadores” para sua coleção. Muito couro, tricô e alfaiataria e também muita assimetria e materiais impermeáveis. Senti um pouco futurista demais essa coleção para um gladiador!
Jadson Ranieri
foto divulgação
Gustavo Silvestre fechou a noite com um desfile longo também. Levou para a passarela uma moda étnica, inspirando-se na miscigenação brasileira. Silvestre mostrou peças de jeans reciclado, reaproveitando pedaços, formando trabalhos de patchwork. Muito jeans desgastado, calça bag, bolsa saco, referências dos anos 80! Padronagem étnica e bordados com pedrarias alegraram e completaram o look jeans wear!
Gustavo Silvestre
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